sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Uma história de amor à procura de um final feliz
Um livro proposto pelo Movimento Lev'Art e curiosidade de ver a escrita da apresentadora da rubrica Mesa Bicuda Lueji Dharma, levaram-me a fazer o download deste livro e a entrar neste romance.
Primeira impressão: Estava complicado entender o que era sonho, diálogo ou a história contada. Essa dificuldade fez-me entrar na história e ficar atraído pela mesma. Um diálogo entre amigas com assuntos de "mulheres" mas o certo é que o romance apaixona, envolve e não houve descanso até alcançar o final e assim o desenvolver da encruzilhada.
Coincidências, mas a data de 11 de Abril 2008, importante neste livro, representa também o início da minha etapa em Angola, etapa que à semelhança do livro, passa pela grande mudança na minha vida e a descoberta que foi de mim mesmo.
Até eu me colocaria no papel de Leão Magno tais são os sentimentos que lhe são destinados pela protagonista que um romântico como eu não deixa de sonhar com algo que um dia lhe possa acontecer na mesma intensidade.
"Uma História de amor revela-nos a dificuldade de amar e de permanecer a acreditar no amor, mesmo perante a falta de amor que existe no mundo. Um diálogo leve para quem já sofreu ou está a sofrer de amor..."
A pergunta fica no ar: será que a cicatriz existe mesmo?
Foi uma boa entrada na escrita desta escritora, seguindo-se agora a Dama do Véu e a Aldeia de Deus.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Comer, Rezar e Amar
Através da aplicação Veja do Facebook, descobri várias opiniões positivas sobre o livro Comer, Orar e Amar de Elizabeth Gilberth, que aproveitando a minha estadia em Portugal, lá passei na Fnac para encontrar o livro. Achei estranho o livro afinal chamar-se Comer, Rezar e Amar, e tal diferença se devia ao facto de estar a usar uma aplicação brasileira! ...
Em conjunto com os outros livros do Miguel Sousa Tavares, lá embarcou mais este para Angola, para maior prazer tirar do tempo que cá estou.
A ideia que fica no final e em conclusão deste livro é "Vamos atravessar" (attraversiamo em italiano). Estamos habituados a ficar na margem do rio do nosso dia-a-dia, no nosso conforto, na nossa vidinha, mesmo que não nos agrade, é ali que nos deixamos ficar. Este livro mostra a necessidade que a protagonista e autora teve de largar tudo (marido, posterior namorado, carreira, local de vivência) e iniciar a travessia que a levou a descobrir-se a si mesma.
"Gostamos, ou melhor, nos apegamos à margem, ao porto em que estamos, porque nos dá segurança. Mas não queremos ficar, desejamos partir, nos lançar no mar ou rio perigoso, atravessar até outro lugar, uma margem distante que mal conseguimos enxergar. O que nos mantém onde estamos é o medo. Até que a vontade supera o medo na coragem de partir. Mas nunca chegamos a este outro lugar desejado, chegamos sempre a lugares inesperados. A vida na realidade acontece neste movimento de busca, na travessia."
A história divide-se em 3 etapas, as etapas dos I's: Itália, Índia e Indonésia. Gostei particularmente da Itália, para já porque é um país do qual tenho algum fascínio concordando em absoluto ter-lhe associado o verbo comer! As peripécias e a descrição feitas na aventura nesta 1ª etapa fizeram-me passar bons bocados a imaginar. Na Índia já me perdi um pouco mais, mais pausado, mais de auto-descoberta, menos dinâmico e mais contemplativo. A volta à Indonésia faz retomar momentos de maior dinâmica. Não me atrai o país pois tenho bem presente a questão Timor, mas a descrição do local (Bali) e da forma de pensar e de ver a vida deste povo em particular foi uma descoberta para mim. A relação da Liz com a Wayn, nomeadamente a parte final faz-me lembrar ainda um pouco da forma de pensar de algumas pessoas em Angola... (mas isto fica para a interpretação de cada um).
Fica também a descoberta dos prazeres do corpo (sexo) e a forma como os descreveu pois trouxe algum erotismo ao livro, algo aos meus olhos sempre agradável ;)
Tal como o observado neste livro, várias vezes precisamos de largar a margem e atravessar. Minha vida tem passado por isso: fazer travessias. Cada mudança implica precisamente isso, implica que perdemos coisas , entre elas algumas que nos são importantes, mas a necessidade de procurarmos a nós mesmos a isto nos obriga. Aprendo cada vez mais a tirar proveito do attraversare, e a ser feliz nesta etapa, não ficar à espera por atracar para me sentir realizado. "A Felicidade está no caminho".
Tendo lido o livro, fica agora pendente a visualização do filme, e a curiosidade de ver o desempenho da Julia Roberts materializando o que acabei de lei. Sei que não é a mesma coisa, mas é um exercício interessante.
Em conjunto com os outros livros do Miguel Sousa Tavares, lá embarcou mais este para Angola, para maior prazer tirar do tempo que cá estou.
A ideia que fica no final e em conclusão deste livro é "Vamos atravessar" (attraversiamo em italiano). Estamos habituados a ficar na margem do rio do nosso dia-a-dia, no nosso conforto, na nossa vidinha, mesmo que não nos agrade, é ali que nos deixamos ficar. Este livro mostra a necessidade que a protagonista e autora teve de largar tudo (marido, posterior namorado, carreira, local de vivência) e iniciar a travessia que a levou a descobrir-se a si mesma.
"Gostamos, ou melhor, nos apegamos à margem, ao porto em que estamos, porque nos dá segurança. Mas não queremos ficar, desejamos partir, nos lançar no mar ou rio perigoso, atravessar até outro lugar, uma margem distante que mal conseguimos enxergar. O que nos mantém onde estamos é o medo. Até que a vontade supera o medo na coragem de partir. Mas nunca chegamos a este outro lugar desejado, chegamos sempre a lugares inesperados. A vida na realidade acontece neste movimento de busca, na travessia."
A história divide-se em 3 etapas, as etapas dos I's: Itália, Índia e Indonésia. Gostei particularmente da Itália, para já porque é um país do qual tenho algum fascínio concordando em absoluto ter-lhe associado o verbo comer! As peripécias e a descrição feitas na aventura nesta 1ª etapa fizeram-me passar bons bocados a imaginar. Na Índia já me perdi um pouco mais, mais pausado, mais de auto-descoberta, menos dinâmico e mais contemplativo. A volta à Indonésia faz retomar momentos de maior dinâmica. Não me atrai o país pois tenho bem presente a questão Timor, mas a descrição do local (Bali) e da forma de pensar e de ver a vida deste povo em particular foi uma descoberta para mim. A relação da Liz com a Wayn, nomeadamente a parte final faz-me lembrar ainda um pouco da forma de pensar de algumas pessoas em Angola... (mas isto fica para a interpretação de cada um).
Fica também a descoberta dos prazeres do corpo (sexo) e a forma como os descreveu pois trouxe algum erotismo ao livro, algo aos meus olhos sempre agradável ;)
Tal como o observado neste livro, várias vezes precisamos de largar a margem e atravessar. Minha vida tem passado por isso: fazer travessias. Cada mudança implica precisamente isso, implica que perdemos coisas , entre elas algumas que nos são importantes, mas a necessidade de procurarmos a nós mesmos a isto nos obriga. Aprendo cada vez mais a tirar proveito do attraversare, e a ser feliz nesta etapa, não ficar à espera por atracar para me sentir realizado. "A Felicidade está no caminho".
Tendo lido o livro, fica agora pendente a visualização do filme, e a curiosidade de ver o desempenho da Julia Roberts materializando o que acabei de lei. Sei que não é a mesma coisa, mas é um exercício interessante.
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