segunda-feira, 25 de abril de 2011
Em dia de Revolução... Umas quadras a St. António
Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P"ra junto do Sá Carneiro
Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso
Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS
Para que não fiquem a rir-se
Os senhores do PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntamente com os do PCP
Porque a viagem é cara
E é preciso cultivar as hortas
Para rentabilizar o percurso
Não deixes cá o Paulo Portas
Para ficar tudo limpo
E purificar bem a cousa
Arranja um cantinho
E leva o Jerónimo de Sousa
Como estamos em democracia
Embora não pareça às vezes
Aproveita o transporte
E leva também o Menezes
Se puderes faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã
A temperatura está a preceito
Não te esqueças do Louçã
Todos eles são matreiros
E vivem à base de golpes
Faz lá mais um favorzinho
E leva o Santana Lopes
Isto chegou a tal ponto
E vão as coisas tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal
sábado, 23 de abril de 2011
Equador - Miguel Sousa Tavares
Equador, um romance que acabou mesmo por me cativar e muito me dizer.
Luís Bernardo, alguém que larga o conforto da vida que leva na metrópole, por um lado imiscuído de ideais anti-escravidão, por outro pressionado pelo momento e pelas desventuras vividas, acaba por embarcar numa viagem que o leva a terras africanas, no caso a S.Tomé e Príncipe.
Retrato de uma época de término da Monarquia e início da República em que a história e a economia do Cacau se tocam com a cruzada de alguém contra o fim da escravidão de-simulada em contratos de trabalho fictícios que na prática colocavam os "trabalhadores" angolanos nas roças são tomenses ao sabor de trabalho de sol a sol, em condições indignas e sem poderem voltar à terra natal.
Nisto entra uma hipócrita Inglaterra que apregoa ideias de Liberdade, que na prática não cumpre em seus territórios, mas que lhe permite pressionar e denegrir os negócios de Portugal em favor dos seus próprios negócios.
No meio desta mais história de outras andanças (Índia) e a história amorosa e erótica de Luís com Ann, na traição a David: "...enquanto ela fechava os olhos e lhe entregava uma boca húmida, ávida, com a língua quente percorrendo-lhe os dentes e enrolando-se na sua própria língua, o corpo quase esmagado contra o seu, num desespero de paixão ou de desejo com que nunca antes mulher alguma se lhe entregara." Cria-se assim os vários desenlaces que no final novamente se cruzam com a história portuguesa de início do século XX.
"Ah, Doroteia, és muito nova ainda para perceberes que o destino de certos homens é o de nunca amarem quem deviam amar!"
História, Ideais e Paixão: tudo à mistura num livro que aos poucos comecei a ler ao ritmo de 1 capítulo por cada 3 dias e acabei a ler aos 3 capítulos por dia, tal somos envolvidos pela história e pelo vontade de querermos saber o que acontece de seguida, tal como um filme que se nos atrai.
Talvez polémico, com acusações de plágio à mistura, o certo é que a escrita fluída deste autor neste que foi o seu 1º Romance (2003) me cativou e me levou a seguir para outro capítulo: "SUL", onde espero ser surpreendido de novo por belas descrições de ambientes e sabores africanos, que nesta etapa de vida tanto me tocam.
O Amor e a Felicidade ficam para mais tarde...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Aniversário
Um dia normal de trabalho, mas muito reconfortante, desde as muitas mensagens dadas de forma pessoal ou via facebook, telefone, Skype, Messenger, entradas em 2 blogues e finalmente um jantar retemperador, de todos os lados chegaram formas de mostrar que mesmo longe (Angola) estamos juntos.
Um grande abraço caros Amigos, os muitos que se lembraram, os que se lembrarão e também aos que este ano estavam mais distraídos :)
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